Oi meninas, 
Hoje eu trouxe um assunto de interesse de todas, o que é HPV? Que vacina é essa?
A  Dra. Rosa  irá nos explicar um poquinho do que se trata. A Dra. Rosa Maria Neme é graduada  em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo,além de  dirigir o Centro de Endometriose São Paulo, ela integra a equipe médica do  Hospital Israelita Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.
O Centro de Endometriose São Paulo conta com serviços voltados à assistência global da saúde da mulher e valorização da beleza feminina. A iniciativa deste projeto pioneiro é da Dra. Rosa Maria Neme, que possui diversos trabalhos publicados sobre a endometriose e larga experiência no tratamento desta doença. Ela lidera uma equipe clínica formada por médicos e profissionais nas áreas de ginecologia, radiologia, cirurgia do aparelho digestivo, urologia, clínica geral, anestesia especializada no tratamento de dor, dermatologia, fisioterapia, nutrição e psicologia.
O HPV é a sigla em inglês de Human Papilomavirus - papiloma vírus  humano em português. Eles pertencem à família Papilomaviridae e sua  incidência não faz distinção entre sexos – atinge mulheres e homens - estado civil,  idade ou classe social. Basta ter uma vida sexual ativa para estar no grupo de risco. Por ser uma doença que afeta pele e mucosas e ser sexualmente  transmissível, o HPV pode provocar o surgimento de lesões genitais de alto risco,  precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer de colo do útero.
No Brasil, uma em cada cinco mulheres é portadora do vírus1.  “Mais de 95% dos casos, atualmente, de câncer de colo do útero são causados  pelo HPV, que provoca alterações estruturais no material genético da célula  do colo do útero e da vulva, fato que ocasiona uma modificação genética  chamada atipia, que  transforma a célula normal em uma célula com potencial de malignidade”, revela a ginecologista Dra. Rosa Maria  Neme (CRM SP-87844), graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências  Médicas da Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Medicina na área de  Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São  Paulo, clínica especializada no tratamento da doença.
E por que as mulheres são mais suscetíveis à contaminação? “As mulheres possuem uma resistência mais baixa à infecção pelo HPV, quando  comparadas aos homens, por possuírem uma alteração da imunidade ao longo do ciclo  menstrual, o que não ocorre no sexo masculino”, explica a especialista.
A eficácia da vacina
O tratamento do HPV pode ser realizado por meio de diversos métodos, cada  um com suas limitações e com variados graus de eficácia e aceitabilidade por  parte do paciente. Dentre as terapêuticas recentes, a vacina tem se mostrado um tratamento eficiente, pois estimula o organismo na produção espontânea  de anticorpos contra o vírus do HPV. São três doses, com uma aplicação  inicial, outra após um mês e a última depois de cinco meses da segunda aplicação.  Ela abrange os quatro subtipos mais prevalentes do HPV: o 16 e 18, que são oncogênicos (com capacidade de causar câncer) e o 6 e 11 que não são oncogênicos e responsáveis por causar as verrugas genitais. 
Com relação à sua eficácia sobre outros métodos, estudos demonstram uma  defesa orgânica de pelo menos 90% com o uso correto da vacina, garantindo uma imunidade por pelo menos 10 anos. “Por não existir nenhuma  contraindicação ou efeito colateral, a vacina pode ser aplicada em mulheres a partir dos  nove anos de idade. Além disso, hoje, já se preconiza sua aplicação até os 45  anos de idade”, explica a especialista. Além disso, mulheres que já foram contaminadas pelo HPV podem receber a vacina, que contribui para  diminuir a chance de recorrência da doença, segundo estudos europeus bem recentes.
Vacina ainda não é disponibilizada pelo SUS
Apesar de ser um problema de saúde com grande incidência no Brasil, as  informações sobre o HPV e seus tratamentos têm chegado à população brasileira de forma  inadequada. “Esse é um quadro muito delicado, principalmente quando  se refere ao uso e eficácia da vacina para combater o HPV. A falta de  informação por parte da população se deve também ao fato deste método ainda não  estar vinculado ao SUS e ter um custo alto. Uma pessoa carente e, certamente,  com maior risco de exposição à contaminação pelo vírus, tem pouca informação  sobre essa forma de prevenção”, avalia.
Na opinião da Dra. Rosa Neme, campanhas nos meios de comunicação, com  atuação dos próprios médicos que atendem essa população mais carente, e a  solicitação ao Ministério da Saúde para que a vacina seja incorporada ao calendário de vacinação são alguns pontos que, com certeza, melhorarão o conhecimento  das mulheres sobre a existência e a importância desse tratamento. “A  vacina não protege contra todos os tipos de vírus que causam o câncer, assim como  pode não tratar uma infecção já estabelecida. Portanto, o exame preventivo (Papanicolaou) assim como avaliações  periódicas ao ginecologista mantém-se necessários, além do uso de preservativos  durante as relações sexuais que ajuda na prevenção”, finaliza.
Meninas vocês sabem o quanto é importante ficar pro dentro do assunto e nos previnir, não sabem? 
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Espero que tenham gostado!
Kisses...

